quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A idade de ouro


Filme completo disponível no Youtube:

Caros amigos, se vocês assim como eu não souberem francês não cometam o suicídio de assistir esse filme sem legenda. Mas se você quiser fazer uma completa imersão pelo surrealismo eu digo o contrário, assista sem legenda. 
E eis que não propositalmente optamos pela segunda opção.
Uau! Um sonho, e nada mais. Nada faz sentido porque simplesmente na grande maioria das vezes nenhum sonho tem um sentido real.
Luis Bruñel dirigiu esse filme com a ajuda de Salvador Dalí, mas não se espante se você não ver isso na legenda, é que segundo consta eles brigaram durante as gravações e Bruñel simplesmente não deu crédito a ele, fofoca quentíssima direto de 1930 pra vocês.
No filme há uma clara crítica a igreja e ao conservadorismo da época. Não pensem vocês que foi fácil distinguir isso, tive que apelar para internet, para ver se o que eu havia entendido era verdade.
E procurando na internet descobri duas coisas interessantes, há no filme uma menção ao Marquês de Sade, se eu estivesse com legenda eu teria entendido isso melhor. 
E descobri uma coisa muito legal, nos anos que Bruñel passou nos EUA, ele conheceu Eisenstein, meu mestre, para quem não sabe foi depois de ter tido contato com sua história que eu optei por edição de vídeo.
Como vocês perceberam minhas observações a cerca do filme vem muito mais do que eu descobri depois né? Pois é acho que ão foi uma boa ideia ver o filme sem legenda.
Destaco a cena de uma vaca deitada na cama, muito boa, imagino o trabalho que não deve ter dado para executá-la.
E acreditem se quiser a paçoca adorou o filme, sério! Ela ficava olhando para a tv, prestando muito atenção, tudo bem que de vez enquanto ela se distraia um pouco com a bolinha, mas ela gostou, muito mais que o marido, que ficava fazendo comentários bizarro durante o filme, isso quando ele não inventava de traduzir simultaneamente com frases mais absurdas do que o filme.




Gosto de insetos, aracnídeos e bichos em geral. Por esse motivo o início do filme me deixou animado.
"Que legal! Um documentário sobre escorpiões! Mas, por que a patroa escolheu um documentário?"
Os dois primeiros minutos do filme mostravam alguns escorpiões andando de um lado pro outro com algumas informação sobre o bicho, que eu não entendia direito e vocês saberão porque um pouco pra frente.
Depois desse comecinho foi um tal de "Que porra é essa?".
Claro que como foi a patroa quem escolheu, ela devia imaginar do que se tratava - ou não - e deve ter se divertido com os meus comentários de espanto sobre o filme totalmente sem pé nem cabeça que estávamos assistindo.
Mas, não foi tão horrível.
Eu realmente não estava entendendo absolutamente nada do que ocorria, mas, estava curioso para ver onde aquela doideira toda ia acabar. Nada fazia sentido por um motivo bem claro... na verdade dois motivos.
O primeiro é que esse é um filme surrealista. E o segundo é que o filme era francês e assistíamos a uma versão sem legenda.
Quando fiquei sabendo da parte do surrealista, depois que o filme acabou, que eu entendi - ahã - porque tinham uns caras no meio de um lugar estranho andando e caindo, ou uns padres perdidos numas montanhas, ou por que é que tinha um cara chutando um violino numa calçada, ou porque é que uma mulher tinha uma vaca em sua cama, ou porque a mulher ficou lambendo os pés de uma estátua, ou porque aparece uma carroça no meio de uma festa toda chiquetosa... isso pra citar algumas bizarrices.
Ok, confesso que dormi algumas vezes, mas, ainda assim, foi uma experiência valida.
Claro que não precisamos mais ver filmes surrealistas! Ok, Patroa? Um já foi o suficiente.
Estou precisando de um filme com mortos-vivos ou alienígenas depois desse. Uma coisa mais real, sabe?

         

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