quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A nós a liberdade



Filme completo disponível no Youtube



O que é a liberdade? O que fazemos com a liberdade?
Essas duas questões podem levar a respostas pessoais, que certamente é o fruto de um entendimento levando-se em conta as experiência de vida de cada um.
Poderíamos dizer que "A nós a liberdade" é o pai de "Tempos Modernos" do Chaplin e as reflexões de uma sociedade moderna mecanizada é a mesma.
O interessante é a visão de liberdade desses dois anti-heróis, um vai em busca de ganhar dinheiro enquanto outro a liberdade esta acerca da mulher amada. E nos faz pensar, o que ganhou dinheiro fica preso ao processo capitalista e o que buscou amor encontrou obstáculo, o que seria então a liberdade? 
O filme é de 1931, oito anos antes da Segunda Guerra Mundial, nesse momento a França tinha problemas com a Alemanha, a moda estava em transformação (perceba o figurino das mulheres), enfim o mundo passa por rumos e René Clair refletia esse mundo través de uma crítica a tudo que nos prende e que nos liberta. 
Uma das coisas que mais gostei foi o retrato de um cotidiano comum, personagens simples, sinceros e verdadeiros. Por ser uma comédia você não não consegue perceber a crítica social e politica, mas que leva a uma reflexão após o filme.
E o mais legal de tudo é que o marido não dormiu!

“A vanguarda é a curiosidade de espírito aplicada a um campo onde se faz descobertas numerosas e apaixonantes. Se é este o sentido que lhe empregam, me declaro vanguardista incondicional”. René Clair





O primeiro pensamento quando a patroa chegou com esse dvd em mãos foi: "Hum, acho que serão alguns minutos de soninho".
Mas, não foi bem assim. Longe disso.
Gosto de filmes antigos, mas, depois de Roma, que nem é tão antigo assim, fiquei traumatizado com algumas escolhas diferentes dela.
Acho que Chaplin, antes de filmar seu Tempos Modernos, viu esse filme algumas vezes.
Existem ideias e situações muito próximas nos dois, mas, este me disse mais.
Além de tudo, ainda tirou um pouco o trauma de Roma... o que já é muita coisa.


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