segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Roma - Fellini




Hoje a escolha foi minha e sem duvida fui direto a um diretor clássico, apesar de ter certeza que não iria agradar ao marido, e quando penso que não estava ele e Paçoca dormindo.
O que ele perdeu com sua soneca foi o retrato de uma Roma na visão de um italiano apaixonado em toda sua esfera. Duas horas de fragmentos de um universo onírico perturbador onde o novo desafia o velho impulsionando-o a uma nova realidade. 
Ilusões verdadeiramente promiscuas de uma cidade em movimento, a espera do futuro. Uma Roma que se mostra ao mesmo tempo moderna e histórica. 
O marido também perdeu personagens lúdicos, fortemente expressivos, porém, pouco aprofundados. Personagens que mesmo sem dizer uma palavra expressavam com plástica beleza os anos 70.
Roma é um filme para ser assistido como se fosse um turista em férias. Um ser que conhece personagens e paisagens em sua magnitude, mas não em sua plenitude.
Não temos o real sentimento do que é fazer parte daquela Roma apresentada de forma não-linear for Fellini, mas sentimos aquela Roma apaixonante.
A trilha sonora de Nino Rota é uma obra a parte que deixa ainda mais viva a sensação de se viver aquela Roma.

- Acorda Gustavo, o filme acabou. Vamos dormir na cama que o sofá é desconfortável!



Foram precisos 5 minutos, aproximadamente, para que eu percebesse uma coisa sobre Roma, filme de Fellini que assistimos nessa terça... bem, conto daqui a pouco o que foi.

Antes, acredito que caiba um adendo.

Quando era criança, morava em uma casa com uma bela garagem e um jardim, que era uma grande fonte para minhas pesquisas infantis.
Ali achava lagartas, tatus-bolas, aranhas, formigas e outros insetos.
Quando chovia apareciam muitas lesmas e meu primo sempre dizia que quando jogamos sal numa lesma ela se contorce toda.
Eu nunca tinha visto isso acontecer e, num certo dia, resolvi fazer o teste. 
Estava com o meu irmão mais velho, fomos até a cozinha, pirilampos e curiosos com a experiência que faríamos. O que iria acontecer com aquela pequena criatura gosmenta?
Chegamos no jardim e escolhemos nossa vítima, a maior lesma que conseguimos achar. Com um graveto pegamos o bichinho e colocamos na parte cimentada da garagem.
Peguei uma pitada de sal, apenas um pouquinho...

Agora, voltando ao filme.

O que eu percebi ao assistir os tais cinco minutos iniciais é que eu não iria gostar. Ainda tentei, bravamente, continuar mais um pouco - fui até os 40 minutos dispensando um pouco de atenção - e soltando eventualmente um: "Não estou entendendo porra nenhuma do que está acontecendo!". 
Assim como a história que eu contei sobre a lesma, você fica esperando para que algo aconteça e no final... nada.
Enfim, acho que é necessária uma enorme dose de paciência para assistir esse filme - os que preferirem podem substituir a minha "paciência" por "inteligência".
Àqueles seres pacientes/inteligentes que conseguem captar alguma coisa desse filme, deixo meus parabéns. Aos que conseguiram assistir ao filme inteiro, não foi o meu caso, também deixo meus cumprimentos. Vocês são vencedores!
Eu preferi fechar os olhos um pouco, abrindo eventualmente para ver porque estava vindo tanto barulho da TV. 
FILME CHATO!
Resumindo: Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé e é engraçado como perdemos mais tempo para falar mal de uma coisa que não gostamos do que para elogiar algo que gostamos. 




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