sábado, 11 de maio de 2013

Sinédoque, Nova York





Mais poético do que literal, não espere um simples enredo invada a tela e te dê de mãos beijadas uma  história. Tão pulsante e modificadora quanto a própria Nova York é a vida desse protagonista.
É um filme de sentimento onde o protagonista segura a sua mão e te convida a embarcar na curva da vírgula que separa a catarse da loucura.
Não pisque, não durma, as singularidades desse filme o faz magistral.
Gosto muito do roteirista desse filme, Charlie Kaufman, transcende a alma com frases perfeitas, e cenas que vão além do entendimento de qualquer psicologia.

Quero destacar o seguinte monólogo do filme:


"Tudo é mais complicado do que você pensa.Você vê apenas um
décimo do que é verdade.Há um milhão de pequenos textos anexados a cada
escolha que você faz.
Você pode destruir sua vida,cada vez que você escolher.Mas talvez você não
saberá por 20 anos e você talvez nunca,
jamais localize a fonte.E você tem apenas uma chance para jogar isto fora.
Basta tentar e descobrir seu próprio divórcio.E eles dizem que não existe destino, mas existe. É o que você cria.E mesmo que o mundo
continue por eras e eras você está aqui apenas por uma fração de uma fração de segundo.
A maior parte do seu tempo, é gasto sendo morto ou ainda não nascido.
Mas enquanto está vivo, você espera em vão, desperdiçando anos, por um telefonema ou uma carta ou um olhar de alguém ou alguma coisa para
fazer tudo certo. E isso nunca vem,ou parece vir mas
não vem realmente.
Então você passa seu tempo em vago arrependimento...ou vaga esperança que alguma coisa boa virá adiante.
Algo para fazer você se sentir conectado.Algo para fazer
você se sentir inteiro.Algo para fazer você se sentir amado.
E a verdade é eu sinto tanta raiva!E a verdade é eu sinto tanta porra de tristeza.E a verdade é, eu tenho me sentido tão magoado por muito tempo.
E por muito tempo eu venho fingindo que estou bem, apenas para seguir adiante, apenas para...
Eu não sei por quê.
Talvez porquê ninguém queira ouvir sobre meu sofrimento porquê eles tenham os seus próprios.
Foda-se todo mundo."





Talvez... eu disse: TALVEZ, eu tenha dado uma leve cochilada (ou dormido por uns 50 minutos).
Eu olhava pra patroa, quando ainda estava acordado, lógico, e perguntava se ela estava entendendo alguma coisa... mas, o engraçado é que eu não estava achando o filme ruim, apenas não entendia direito o que estava acontecendo.
Tá, aí eu dormi na segunda metade do filme. 

Essa é a primeira vez que eu li a crítica dela antes de escrever a minha e parece-me realmente que eu devo ter perdido alguma coisa boa e, não fosse o sono, acho que teria aguentado até o final... afinal, já vimos alguns filmes realmente muito ruins e me mantive acordado apenas para poder falar mal desses filmes com mais propriedade. Não é o caso desse.


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